No último artigo vimos como iniciar um processo de Design Thinking através do levantamento de dados e pesquisas.
Caso ainda não tenha visto, recomendo ler primeiramente o post anterior onde explico com mais detalhes a fase 1 do processo, clique aqui para acessar.
Fase de Definição
Após o levantamento de dados e definirmos o real impacto do nosso objetivo, devemos resgatar seu conteúdo para gerarmos uma documentação mais completa, buscando insights visando criar um briefing para implementação.
Essa fase é muito importante por ser a síntese dos dados coletados na fase anterior, definindo de fato as dores, sonhos e necessidades dos nossos usuários.
Estágio Atual x Estágio Final
Uma comparação básica dessa etapa seria de analisar o estágio atual em que estamos, com todas as dificuldades ou falhas no processo versus o estágio final onde queremos chegar, sempre buscando a melhor solução para a questão.
Embora não exista uma regra para essa definição, é importante destacar os seguintes pontos:
• Perspectiva do usuário
Alguma dificuldade real do nosso público.
Um exemplo poderia ser um homem que estuda e trabalha e não tem tempo de preparar sua própria refeição, e muito menos de ir ao supermercado para comprar os ingredientes, trazendo para si uma grande frustração.
• Perspectiva do pesquisador
Profissional responsável por identificar o problema.
Em nosso exemplo provavelmente iríamos identificar uma categoria de profissionais que necessitam de uma alimentação fácil, rápida e saudável, pois não teriam tempo de ir ao mercado ou preparar sua refeição.
• Perspectiva de solução
Primeira possível conclusão com base em problemas reais, pode ser mais de uma nesse caso.
Como temos a questão da dificuldade em ir ao mercado, poderíamos apresentar um cardápio fixo online.
Assim, esse usuário poderia escolher todas as suas refeições na semana e definir a sua dieta diária, melhorando sua saúde, permitindo um maior tempo livre e resolvendo de fato a questão.
Lembrando que nem sempre será tão simples identificar essa conclusão. Geralmente temos diversas variáveis que impactam a nossa jornada do usuário.
O que é um real problema?
Um problema deve ser tratado de fato como uma dificuldade do usuário.
Pare com as suposições de “nós precisamos…” ou algo como “esse produto deve fazer…” ao invés disso, traga essa perspectiva na visão do usuário.
Faça isso para o processo ter o real impacto necessário.
Inovação é algo muito importante nesse etapa, porém temos que ligar o alerta pois nem sempre é a inovação que nosso usuário precisa.
Já observei algumas vezes grandes sistemas que seriam desenvolvidos para um grupo de usuários, porém pela falta de comunicação com a equipe, os investimentos foram desperdiçados.
Já existia uma resistência da equipe ao uso de uma nova plataforma devido a questão de agilidade no processo (no caso uma planilha em excel seria mais rápida que o novo programa para o processo).
Portanto tome cuidado ao desenvolver uma nova proposta e sempre realize uma pesquisa, nem que seja simples, para entender as falhas e melhorias que devem ser realmente feitas.
Os 4W (Who, What, Where, Why)
Embora tenha destacado os 4W na etapa anterior, acredito que seja importantíssimo utilizarmos novamente esse processo com algumas adaptações, já que agora temos uma síntese do problema e dos nossos objetivos com o processo.
• (Who) Quem está enfrentando o problema?
Nesse caso quem seria o seu alvo? Quem sofre com o impacto dessas falhas?
• (What) Qual é o problema?
Com base nas observações feitas durante a fase de pesquisa, quais são os problemas e os pontos de dor que freqüentemente aparecem? Qual tarefa o usuário está tentando realizar e o que está em seu caminho?
• (Where) Onde o problema se apresenta?
Em que espaço (físico ou digital), situação (etapa da jornada) ou contexto o usuário enfrenta esse problema? Existem outras pessoas envolvidas?
• (Why) Por que isso Importa?
Por que é importante que esse problema seja resolvido? Que valor uma solução traria para o usuário e para o negócio?
Conlusão
Portanto, vimos que nessa etapa é importante identificar as dificuldades no processo e as possíveis melhorias que deverão ser implementadas.
É importante sempre buscarmos novas idéias e interações, porém antes de mergulhar em uma nova funcionalidade, tente questionar a si mesmo ou até se passar por um usuário dessa funcionalidade.
Espero que tenha gostado do artigo, trarei aqui as demais etapas futuramente, espero que tenha sido útil para o seu projeto!
Deixe seu comentário e vamos debater, será muito importante!
Grande Abraço
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Yuri Zaban
Sou entusiasta em tecnologia, processos, ferramentas e tudo mais relacionado ao Design e Front End. Sou autor do WebFrame onde compartilho artigos sobre as principais inovações nesses temas.